Qual febre me queima

Vibram descontroladas moléculas
No escuro frio da madrugada
Morfeu não faz mais, aqui, morada
Escancaram-se minhas películas

Retira do corpo energia
Mas preciso tratar mente lesada
Escreverei essa jornada
Para expor o que eu sentia

O paradoxo me escapulia
Como rarafeito ar no pulmão
Que doença meu sono destruía?

De amor não fica enfermo o coração
O incômodo da hipertermia
É consciência da solidão

--

--