Soneto de Covardes
Nov 21, 2021
Encolhia naquela cadeira
Seus pesados ombros contorcia
Inclinado para porta saideira
Ardendo, no orgulho, ferida
Não aceitaria de qualquer maneira
Manter silêncio à revelia
Sentindo na língua uma coceira
Alegou jocosa alegoria
Transformou debate em trincheira
Mas no combate que entrevera
Resposta à altura não previa
E na sua defesa costumeira
Faz a esquivante covardia
De um escudo a brincadeira